A sexta fase da operação Lavanderia dos Sonhos foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, o Gaeco, de Uberlândia. O trabalho contou com a participação da Polícia Civil e da Polícia Militar. Foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão de armas e munições.
O processo investigativo revelou que existia um complexo esquema de lavagem de dinheiro que era operado por uma organização criminosa que atuava na exploração do jogo do bicho. A 4° Vara Criminal de Uberlândia determinou as medidas que foram cumpridas, assim como a suspensão do certificado e atirador e caçador, CAC, do investigado e o registro de todas as armas dele.
A organização criminosa dividia as tarefas e existia uma hierarquia entre os membros do grupo. Locais de vendas de apostas clandestinas foram identificados como loterias ilegais, com sinais internos e externos característicos. A linha de investigação constatou que os bicheiros haviam dividido o território de Uberlândia. Com isso, não havia interferência nos pontos uns dos outros.
Mais de 80 imóveis foram alugados pela organização criminosa, incluindo na região central da cidade, como forma de camuflar a ação criminosa por pinturas e reformas características para atrair os clientes. Nesses imóveis alugados aconteciam os registros e o processamento das apostas, assim como o início da lavagem de dinheiro. Inclusive a imobiliária realizava contratos em nome de “laranjas” com o objetivo de esconder a identidade dos verdadeiros locatários.
A investigação do Gaeco apurou que “um homem de confiança” dentro da organização criminosa, confessou que recebia um determinado salário somente para que o nome dele fosse usado nas locações dos imóveis.
Segundo o Gaeco, uma parte do dinheiro era lavada através de um esquema de recolhimento e de pagamento das apostas em lojas que eram definidas previamente. Outra parte do dinheiro era levada para escritório centrais do grupo, onde outras etapas da lavagem de dinheiro eram realizadas. Foram apreendidos oito armas de fogo, uma arma de pressão e várias munições.
Foto: PCMG
