Doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti pode provocar consequências a órgãos vitais do organismo humano
Dor muscular forte capaz de deixar a pessoa “de molho” por alguns dias, mal-estar e febre. Os sintomas associados à dengue são suficientes para temer a doença, mas engana-se quem pensa que os problemas param por aí. Em casos graves, a infecção pode provocar consequências a órgãos vitais, como fígado, rins e coração.
O infectologista Carlos Starling explica que a infecção pelo vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, pode causar consequências que vão acompanhar os pacientes para o resto da vida, como insuficiência cardíaca, problemas renais e hepáticos. “A dengue é uma doença infecção viral sistêmica e pode gerar complicações”, explica.
A infectologista Gabriela Araújo explica que as complicações surgem a partir de respostas inflamatórias e não da infecção em si. “É como vimos na Covid-19. O organismo, ao controlar a infecção, pode fazer uma resposta inflamatória e levar a danos neurológicos, cardíacos e hepáticos”, analisa.
Fígado em risco
O fígado está entre os órgãos que podem ser afetados pela dengue. Hepatite e insuficiência hepática são quadros clínicos citados por especialistas. A aposentada Maria Salvadora, de 79 anos, teve complicações no órgão, após ser infectada com dengue. O filho dela, Reginaldo Lana, de 48 anos, conta que a família procurou um médico após a mãe se queixar de arrotos constantes.
“As sequelas tiveram que ser tratadas com acompanhamento. Ela tomou muitos remédios e fazia exames periodicamente”, relembra. Atualmente, Maria não precisa mais usar medicamento. “Graças a Deus, ela ficou totalmente recuperada. Recordo que, quando teve dengue, minha mãe ficou muito prostrada. Muitas dores pelo corpo, além de mal-estar e perda de apetite”, diz.
Fonte: O Tempo